Estudos afirmam que se todos nós vivêssemos até aos 120 anos, todos seriamos alvo da doença de Alzheimer ....
O “Alzheimer” surge no âmbito do estudo da memória, o “Esquecimento”. No quadro clínico das demências inclui-se esta doença que conduz à morte cerebral, isto é, ao estádio de degeneração lenta das células nervosas do cérebro.
O que é?
Foi em 1907 que o médico Alois Alzheimer identificou a doença, dando-lhe o seu nome. Trata-se de uma destruição lenta das células de uma região do cérebro, o córtex, o que origina uma perda progressiva das capacidades de funcionamento do conjunto das células cerebrais causando, assim, alterações comportamentais profundas, dificuldade no raciocínio e na articulação do pensamento e diminuição da memória, com efeitos devastadores sobre o doente e sobre a família.
Os doentes de Alzheimer tornam-se incapazes de realizar a mais pequena tarefa, deixam de reconhecer os rostos familiares, ficam incontinentes e acabam, quase sempre, acamados.
É uma doença muito relacionada com a idade, afectando as pessoas com mais de 50 anos. A estimativa de vida para os pacientes situa-se entre os 2 e os 15 anos.
Causas:
Até hoje, a medicina não conseguiu isolar as causas exactas desta doença. Por enquanto, são conhecidos alguns factores de risco e existem algumas hipóteses de explicação:
Hereditariedade – a demência hereditária de Alzheimer é bastante rara. A maioria dos cientistas afirma que esta forma da doença se observa em 5% de todos os casos de demência do tipo Alzheimer. A hereditariedade foi comprovada, mas não em todos os casos. Afecta pessoas por volta dos cinquenta anos de idade.
De forma esporádica – representa 80% de todos os casos. É a doença típica dos idosos. Aparece esporadicamente sem causas antecedentes, isto é, sem que um elemento da família sofra da doença ou que se transmita de pais para filhos.
Sintomatologia:
A doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases:
Numa primeira fase, o doente apresenta apenas sintomas ligeiros e muitas vezes negligenciados:
- Perda de memória, especialmente de acontecimentos recentes;
- Desorientação no tempo, incapacidade para se situar na data e no ano em curso;
- Desorientação no espaço, incapacidade para reconhecer locais familiares
- Perda de iniciativa
- Dificuldade em encontrar as palavras
Numa segunda fase, apresenta sintomas e problemas marcantes que impedem muitas actividades normais do dia-a-dia:
- Lapso de memória significativos
- Diminuição da auto-suficiência
- Perde-se facilmente
- Agravamento dos problemas de linguagem
- Alucinações
Na terceira e última fase, o demente apresenta uma dependência total. As perturbações cognitivas fazem-se acompanhar de uma decadência física significativa:
- Dificuldade em se alimentar, mesmo com ajuda;
- Incapacidade para reconhecer os amigos e a família;
- Dificuldade em se movimentar;
- Incontinência;
- Comportamento significativamente anormal.
Tratamento:
Infelizmente, como a causa desta doença não é conhecida, não é ainda possível um tratamento curativo. No entanto, existem vários fármacos que atenuam os sintomas e podem melhorar a qualidade de vida dos doentes.
Vejam Reportagem SIC - "Esqueci-me de mim" - http://videos.sapo.pt/6HRTVtyqNpYM8qAkz1R2
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